China e Brasil vão liderar expansão em entretenimento, diz pesquisa (matéria publicada na BBC Brasil 15/06/2010)

A China e o Brasil vão puxar o crescimento do setor de entretenimento e mídia nos próximos cinco anos entre os 12 maiores países, segundo previsão da consultoria Pricewaterhouse Coopers divulgado nesta terça-feira.
De acordo com o relatório, que avaliou 48 países e regiões no mundo, o setor deverá crescer no Brasil a uma taxa de 8,7% ao ano até 2014, ficando atrás apenas da China, que deverá crescer a um ritmo de 12% ao ano. A média global de crescimento deverá ser de 5% ao ano, prevê a Pricewaterhouse.
A consultoria atribui o crescimento na China à economia vibrante e a aos avanços na internet de banda larga, que deverão estimular outros segmentos.
Em 2011, a China deverá ultrapassar a Alemanha, tornando-se o terceiro maior do setor, atrás apenas dos Estados Unidos e Japão.
No Brasil, o crescimento também será resultado da economia forte, prevê a Pricewaterhouse.
Segundo o relatório, as tecnologias digitais terão impacto cada vez maior em todos os setores do entretenimento e mídia, enquanto a transformação digital continuará a se expandir e crescer.
Globalmente, a indústria deverá crescer de US$ 1,3 trilhão para US$ 1,7 trilhão até 2014.
“O cenário de incerteza econômica não fez nada para diminuir o ritmo de mudanças, que já é bem mais rápido do que o previsto 12 meses atrás”, afirma a consultoria.
A América Latina foi a região que apresentou maior crescimento no setor nos últimos cinco anos, de acordo com o relatório.
Em 2009, ano em que os investimentos diminuíram na maior parte das regiões, a América Latina apresentou crescimento de 3,9% no setor. A única outra região que teve expansão foi a da Ásia-Pacífico, com crescimento de 1,3%.
A previsão é de que a Ásia-Pacífico cresça a um ritmo de 6,4% ao ano até 2014, mas quando o Japão não é levado em conta, o número sobe para 9,2%.
Segundo a Pricewaterhouse, o ritmo de expansão está diminuindo no Japão, onde já foram registradas algumas “revoluções” - a explosão dos telefones celulares, por exemplo, já ocorreu no país, que responde por 53% dos gastos globais com acesso móvel à internet em 2009.
A previsão é de que – entre os 12 maiores - o Japão apresente o menor crescimento nos próximos cinco anos, com apenas 2,8% ao ano.
Outros países ainda estariam no início de sua curva de crescimento, afirma a consultoria.
O grupo que inclui países da Europa, Oriente Médio e África deve crescer a uma taxa de 4,6% e na América Latina o setor deverá se expandir a uma taxa de 8,8% ao ano.
A região da América do Norte – o maior mercado, avaliado em US$ 460 bilhões em 2009 - deverá ter crescimento mais lento, com uma taxa estimada de 3,9% ao ano.
Na América Latina, o setor foi avaliado em US$ 50 bilhões em 2009, sendo que o Brasil responde por US$ 23 bilhões deste montante.
O relatório da Pricewaterhouse Coopers analisa e faz previsões sobre 13 segmentos da indústria do entretenimento em quatro regiões do globo: América do Norte (que inclui Estados Unidos e Canadá), EMEA (Europa, África e Oriente Médio), Ásia-Pacífico e América Latina.
Ele avalia o desempenho de setores como acesso a banda larga e a redes de telefonia celular, publicidade na internet e em telefones celulares, acesso a vídeo pela internet, assinatura de TV por celular, anúncios televisivos online e por celular e distribuição de música por meios digitais, entre outros.