Doenças tropicais negligenciadas afetam ‘silenciosamente’ 1 bilhão de pessoas, diz OMS (matéria publicada pela BBC Brasil dia 15/10/2010)
Estado de exceção abre crise política no Paraguai (matéria publicada noR7 dia 26/04/10 Record News)

Franco, do Partido Liberal, relatou uma reunião no Comando das Forças Armadas do Paraguai no último sábado, com a participação do presidente Lugo. Franco disse que Velázquez e o próprio presidente "disseram em várias oportunidades que o objetivo principal do estado de exceção não era a captura do auto-denominado Exército do Povo Paraguaio [EPP]".
- Fiquei surpreso, atordoado e confuso. Pedi explicações. Perguntei se iam fechar as fronteiras. Aí me disseram que Velázquez só podia explicar [os objetivos da medida] em termos genéricos.
Franco disse que, antes da reunião no Comando das Forças Armadas, Lugo se reuniu com a cúpula do governo na residência oficial. Segundo o vice-presidente, ele só soube do encontro por meio de jornalistas.
O governo pediu o estado de exceção para perseguir os membros do EPP, que estariam montando campos de treinamento no norte do país. O grupo estaria por trás de sequestros ocorridos no Paraguai. Suspeita-se ainda que o EPP tenha responsabilidade em atentados a bomba ocorridos em Assunção no último ano.
Lugo nega e Franco se explica no Congresso
Logo após as declarações de Franco, em Assunção, Lugo disse que que é "absolutamente falsa" a declaração de seu vice.
- Este é um pedido de longa data de vários governadores. É verdade que queremos devolver a tranquilidade aos cinco Departamentos. O objetivo central é capturar o EPP.
Franco foi chamado a dar explicações no Congresso na tarde desta segunda-feira. Segundo o presidente da Câmara de Deputados, Ariel Oviedo, os parlamentares podem anular o estado de exceção se for comprovado que o vice está dizendo a verdade.
A eleição de Lugo em 2008, que pôs fim a 61 anos de controle total do Paraguai pelo Partido Colorado, só foi possível graças ao apoio do Partido Liberal de Franco, rival dos velhos governistas. A aliança entre o ex-bispo, que não era filiado a nenhum partido político e teve uma ascenção política meteórica no país vizinho, começou a rachar antes mesmo da posse de Lugo.
Setores da oposição já falam no impeachment de Lugo, caso ele não consiga acabar com o grupo EPP nos 30 dias em que vigora o estado de exceção. Não é a primeira vez que se fala em cassar o mandato do presidente - durante os escândalos envolvendo a paternidade de vários filhos de Lugo, a oposição cogitou abrir um processo de impeachment.
Revolução Cubana chega aos 50 anos envolta em contradições (matéria publicada no G1 01/01/09)
G1 foi a Cuba para conhecer a realidade do cotidiano dos cubanos.
(Dennis Barbosa Do G1, em Havana)
Às vésperas do 50º aniversário da tomada do poder por Fidel Castro e seus companheiros, a reportagem do G1 visitou o país em busca de respostas para o que se ouve falar sobre a lendária ilha.
É fato, por exemplo, que a maioria dos cubanos vive com um salário ao redor de US$ 1 por dia. Isso poderia levar a crer que eles vivem em profunda miséria, mas não é o que acontece. O governo garante meios básicos para a subsistência a todos os cidadãos por meio de produtos vendidos a preços subsidiados em lojas estatais nada atraentes para um estrangeiro: a variedade é pouca, e a qualidade dos produtos fica aquém do que estamos acostumados no Brasil.
A comida é suficiente para que ninguém passe fome, mas a qualidade e a variedade são desanimadoras. Mesmo nos restaurantes – todos estatais, com exceção de alguns pequenos estabelecimentos familiares que o governo autorizou durante a crise desencadeada pela queda do Muro de Berlim – há pouco mais que arroz, feijão, batatas, carne de frango ou porco e duas ou três variedades de vegetais.
É no mercado negro que o cubano que tem acesso a dólares - normalmente obtidos de parentes que emigraram, do trabalho com turismo ou em alguma atividade ilegal - se abastece de bens de consumo e, sabendo onde comprar, há de tudo que se possa imaginar. Basta caminhar pela rua para ver que os cubanos se vestem com roupas que as lojas do Estado não vendem, como tênis de marcas conhecidas internacionalmente.
O problema é que o mercado paralelo vive de dólares ou pesos conversíveis -moeda criada pelo governo que equivale a aproximadamente US$ 1. Isso mesmo: Cuba tem duas moedas – o peso conversível, com valor alto, usado por turistas e pelo o mercado negro, e o peso cubano, usado pelo Estado para pagar os trabalhadores, que vale muito pouco (o peso conversível vale cerca de 25 vezes o cubano).
O resultado é que todos só querem saber do peso conversível. “Aqui precisamos nos virar para conseguir dinheiro”, conta Yolanda, uma enroladora de charutos que desvia parte do que produz para vender a turistas. Ela vive num prédio em péssimas condições de conservação no centro de Havana e corre riscos para conseguir algum dinheiro que lhe permita comprar, por exemplo, produtos de higiene pessoal em falta nos mercados populares.
Caminhando pelos arredores da casa de Yolanda, assim como por toda a capital cubana, é possível ver que a revolução, se cumpriu a promessa de garantir moradia a todos os habitantes, não o faz de forma muito satisfatória: grande parte das residências, pela estado de deterioração em que se encontram, facilmente passariam por cortiços. Ainda assim, ouvindo a desenvoltura com que Yolanda, uma operária de fábrica de tabaco, discorre sobre seu trabalho e a situação do país, assim como conversando com outros cubanos pelas ruas, fica claro que o regime de Fidel atingiu sua meta de dar educação básica a toda a população.
O país erradicou o analfabetismo (segundo dado da agência de inteligência americana, a CIA, 99,8% dos habitantes maiores de 15 anos sabem ler, contra 88.6% do Brasil). Todos têm educação gratuita e, ainda segundo a CIA, o cubano, em média, vai à escola dois anos a mais que o brasileiro. O sistema educacional, aliado ao atendimento de saúde amplo e irrestrito, coloca Cuba 32 posições à frente do Brasil no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que calcula e compara o bem-estar de populações de diferentes países do mundo. No entanto, não é sinônimo de informação.
A mídia em Cuba ainda é totalmente controlada pelo governo. A TV estatal não dá lugar a vozes dissidentes e, além das novelas brasileiras, das quais os cubanos são grande fãs, exibem horas de programação com forte carga ideológica, como debates em que todos os participantes elogiam o governo ou outras formas de propaganda, como, por exemplo, tele-aulas de música em que se aprende a execução de canções como a Internacional Comunista. Na clássica Rádio Relógio, emissora que transmite o noticiário e a hora certa a cada minuto, predominam notas oficiais - informações sobre medidas do governo ou a agenda do presidente Raúl Castro. O "Granma", maior jornal do país e porta-voz do Partido Comunista Cubano, reproduz seus discursos na íntegra. “Tenho acesso a duas horas de internet por mês na minha universidade”, conta Javier, um estudante de tecnologia de comunicações. “Dizem que é por motivo de segurança, mas não vejo muito bem que segurança seria essa”, comenta, numa tímida crítica ao controle que o governo faz da informação, que acaba fazendo de Cuba, mais que nunca, uma ilha. Bloqueios a sites específicos, como o buscador Google, são constantes, conta o universitário.
Javier conseguirá se formar engenheiro mesmo com seu pai ganhando US$ 25 por mês. O jovem parece conformado com o fato de que, uma vez com o diploma na mão, terá um salário equivalente a uma pequena fração do que teria em outro país. “Vamos esperando até que me paguem o quanto realmente vale meu trabalho”, diz.
Raúl Castro, pouco a pouco, vai ocupando o lugar do irmão. Muitos estabelecimentos públicos hoje ostentam a foto do novo presidente, mas não removeram a de Fidel, eterno líder da Revolução, que também enfeita o cartaz oficial de celebração do jubileu de ouro da derrubada de Fulgencio Batista.
Unasul


A Unasul (União das Nações Sul-Americanas) reúne os doze países da América do Sul e visa aprofundar a integração da região.
Por suas riquezas naturais, a América do Sul é importante internacionalmente como um dos principais centros produtores de energia e de alimentos do planeta. Chile e Peru são ainda dois dos principais endereços da indústria mineradora no mundo.
A iniciativa da criação de um órgão nos moldes da Unasul foi apresentada, oficialmente, numa reunião regional, em 2004, em Cusco, no Peru. Os principais objetivos são a coordenação política, econômica e social da região. Com a Unasul, espera-se avançar na integração física, energética, de telecomunicações e ainda nas áreas de ciência e de educação, além da adoção de mecanismos financeiros conjuntos.
Os países que fazem parte da Unasul têm cerca de 360 milhões de habitantes e, de acordo com dados da Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), possuem um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 2,5 trilhões em 2006.
Canal do Panamá

O canal do Panamá em funcionamento
Antes de conhecer as características do canal do Panamá é preciso esclarecer o que é um canal. Canal corresponde a uma passagem quase sempre construída pelo homem utilizada pela navegação para atravessar uma determinada área continental, os canais mais conhecidos são Canal de Suez, Canal da Mancha e o Canal de Beagle.
O canal do Panamá se encontra localizado no istmo do Panamá, esse é um país com território situado ao sul da América Central, esse canal tem como objetivo unir o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, tem uma extensão de 82 km. O canal tem uma grande importância no fluxo marítimo internacional, que hoje corresponde a 4% do comércio mundial, por ano passam pelo canal cerca de 13 mil navios. As principais trajetórias saem do litoral leste norte-americano com destino, principalmente, à costa oeste da América do Sul, há também fluxo de origem européia para a costa oeste dos EUA e do Canadá.
No ano de 1821, o Panamá alcançou sua independência, uma vez que o seu território era unido à Colômbia, isso foi possível devido ao apoio norte-americano nas rebeliões de 1903, os Estados Unidos intervieram na região por causa de seu interesse no canal que era utilizado pelos americanos para ligar a costa oeste a costa leste, foi nesse período que o Panamá separou de vez da Colômbia.
O canal do Panamá foi construído e inaugurado pelos americanos em 1914, para utilizar e controlar essa construção os EUA passaram a pagar uma anuidade ao governo do Panamá como forma de indenização.
Como a maioria dos países latinos passou por golpes militares, no Panamá não foi diferente, em 1968 ocorreu um golpe militar no qual o General Omar Torrijos tomou o poder, no ano de 1977 o general realizou um acordo com os EUA, para que a partir do ano 2000 a administração e o controle do canal passassem a ser das lideranças do Panamá, em 1981 o general morreu em um acidente de avião um tanto quanto suspeito.
Após a morte do General Torrijos quem assumiu o poder foi o ex-chefe do serviço secreto, o General Manuel Antonio Noriega. Em 1989 Noriega anulou a eleição que fora vencido pelo opositor Guilherme Endara, temendo atingir os interesses americanos, os EUA enviaram tropas e invadiram o Panamá, colocando no poder Noriega.
Em dezembro de 1999 foi realizada uma solenidade para entrega do controle do canal ao Panamá.
Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola