Mostrando postagens com marcador África. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador África. Mostrar todas as postagens

Sudão quer criar cidades com formato de animais e frutas (matéria publicada pela BBC Brasil dia 19/08/2010)

As autoridades na região sul do Sudão anunciaram um plano avaliado em torno de US$ 10 bilhões para a reconstrução de várias cidades com formatos de animais e frutas.
Projetos elaborados detalhando como serão as cidades já foram desenhados.
A capital regional, Juba, será reconstruída em outro local e terá o formato de um rinoceronte.

Presidente do Sudão foi reeleito (texto da BBC Brasil e Vídeo da Bandnews)


De acordo com o correspondente da BBC em Cartum, James Copnall, o resultado final, com 68% dos votos para Bashir, não indica uma vitória excepcional do presidente, visto que os principais adversários boicotaram a votação.

Copnall disse que a reeleição de Bashir pode ser interpretada como um sinal de que os sudaneses rejeitam o Tribunal Criminal Internacional, que emitiu uma ordem de prisão internacional contra ele.

Bashir nega as acusações e usou o fato no início da campanha para denunciar a suposta interferência dos observadores internacionais.

Credibilidade

Copnall disse que a saída dos dois principais adversários de Bashir nas eleições, citando alegações de fraude, abalou a credibilidade da votação.

O antigo grupo rebelde SPLM, que controla o sul do país, foi um dos partidos que retirou seu candidato. Mas o ex-líder rebelde Salva Kiir venceu a eleição para a presidência do sul do Sudão, com um índice de votos de 93%.

Esta eleição foi parte do acordo de paz de 2005, que pôs fim a 20 anos de guerra civil entre o norte sudanês, majoritariamente muçulmano, e o sul, onde predominam o Cristianismo e outras religiões.

Observadores e partidos de oposição reclamaram da ocorrência de fraudes no norte e no sul do país durante o pleito.

A tensão aumentou ainda mais durante o final de semana, com relatos de choques na fronteira entre o norte e sul. Cerca de 55 pessoas teriam sido mortas nestes choques entre uma comunidade árabe e soldados do sul.

Observadores da União Europeia e do Centro Carter, liderado pelo ex-presidente americano Jimmy Carter, afirmaram que as eleições sudanesas ficaram abaixo dos padrões internacionais.

No entanto, Jimmy Carter afirmou que acredita que a comunidade internacional deve reconhecer os vencedores como legítimos mesmo assim.

Ordem de prisão

Bashir foi o primeiro chefe de Estado a ter uma ordem de prisão emitida pelo Tribunal Criminal Internacional.

A ONU acusa milícias árabes alinhadas com o governo de empreender uma campanha de limpeza étnica contra a população não árabe da região de Darfur, no oeste sudanês.

As Nações Unidas estimam que cerca de 300 mil pessoas morreram em Darfur em consequência da guerra, de fome ou de doenças.

Até hoje a guerra continua, e três milhões de pessoas vivem em campos de refugiados.

Bashir tomou o poder depois de um golpe de Estado em 1989. As atividades partidárias e sindicais foram proibidas durante dez anos, quando foi iniciado um processo de restabelecimento da democracia no país.

Um referendo deve ocorrer em 2011 para decidir a independência do sul do país. Bashir já afirmou que aceitará o resultado do referendo, mesmo que ele seja favorável à independência.

Entretanto, observadores apontam que importantes áreas petroleiras se localizam justamente ao longo da divisa entre o sul e o norte. O temor é que uma possível mudança rumo à independência do sul leve a uma retomada dos conflitos civis.

Capitais da África do Sul

Ao contrário da imensa maioria do países, a África do Sul não tem uma capital, mas sim três, sendo a Cidade do Cabo a capital legislativa, Bloemfontein a capital judiciária e Pretória a capital administrativa, sede da presidência do país. Em breve, o nome Pretória deve ser oficialmente trocado para Tshwane, que significa “somos todos iguais”. Em 26 de maio de 2005, o Conselho de Nomes Geográficos da África do Sul decidiu que o nome seria mudado de Pretória, dado em homenagem a um Afrikaner (descendentes dos europeus que “desbravaram” a África), para Tshwane. Para ser oficializada, a troca deve ser referendada pelo Ministério da Cultura, o que não ocorreu até agora. Assim, Pretória continua sendo uma unidade administrativa da City of Tshwane Metropolitan Municipality, criada em 2000 englobando também Centurion e Soshanguve. O problema é que a troca dos nomes acirra os já conturbados conflitos étnicos do país. A população branca não quer a troca, pois acredita que desrespeita suas tradições, enquanto a população negra já trata a mudança como oficial.
OBS. Para evitar aumentar a controvérsia, algumas organizações internacionais tratam a capital da África do Sul como Pretória/Tshwane.

Confrontos étnico-religiosos matam 150 na Nigéria (matéria publicada no site do Yahoo dia 07/03/10)

Pelo menos 150 pessoas morreram nos novos confrontos étnico-religiosos que explodiram hoje nos arredores de Jos, capital do estado de Plateau, no norte da Nigéria. Em janeiro, embates similares deixaram cerca de 300 mortos no país.
Segundo rádios e jornais locais, pastores muçulmanos da etnia fulani e agricultores cristãos iniciaram um confronto nesta madrugada em três comunidades da cidade de Shen, onde 75 casas e vários veículos foram incendiados. Entre 2h e 5h (hora local), grupos de fulanis armados com revólveres, fuzis, metralhadoras e facões invadiram imóveis das localidades de Dogo Na Hauwa, Ratsat e Jeji, matando todos que estavam neles, principalmente mulheres e crianças.
"Em um bem planejado e executado ataque, os pastores fulani conduziram o que pode ser descrito como uma operação para massacrar aldeões", diz o jornal "Punch", que cita um dos sobreviventes, identificado como Dalyop Gyang.
Gyang relatou que um grupo de fulanis cercou as aldeias bloqueando as principais vias de acesso, enquanto os demais entraram nas casas empunhando metralhadoras, facões e outras armas.

Segundo o sobrevivente, os atacantes incendiaram muitas casas e esperaram seus ocupantes saíssem para matá-los, enquanto muitos dos que tentaram sair das aldeias foram assassinados em seus arredores.
A Polícia e as autoridades civis não comentaram os motivos do massacre na região, que desde janeiro estava em estado de emergência por causa de atos de violência similares aos de hoje.
Na cidade de Jos, a maioria da população é muçulmana, mas há uma grande comunidade cristã. O lugar já foi palco de graves distúrbios por motivos políticos e religiosos, com muitas vítimas, em 2001, 2004 e 2008.
Em novembro de 2008, centenas de pessoas morreram e milhares tiveram que deixar suas casas em um surto de violência que começou devido ao atraso na publicação dos resultados das eleições locais.
Os conflitos envolvendo cristãos e muçulmanos na Nigéria já deixaram pelo menos 12 mil mortos desde 1999, ano da implantação da "sharia", ou lei islâmica, em 12 estados do norte do país.
Com quase 150 milhões de habitantes divididos entre mais de 200 grupos tribais, a Nigéria é o país mais populoso da África. As diferenças políticas, religiosas e territoriais existentes no país muitas vezes terminam em confrontos armados.

África do Sul (material elaborado por alunos do Colégio Estadual Hélio Antônio de Souza classe 2º C. Profª Suzy)