Diferentes fases do capitalismo

Capitalismo comercial: Estende-se do século XV ao XVIII. A denominação comercial se relaciona ao fato de existir preponderância do capital mercantil sobre a produção. A maior parte do lucro concentrava-se na mão dos comerciantes, intermediários entre o produtor e o consumidor. Lucrava mais quem comprava e vendia a mercadoria, não quem a produzia. Por isso, o capital se acumulava na circulação, no comércio, não na produção.

Capitalismo industrial: Tem início na segunda metade do século XVIII na Inglaterra. O capital acumulado na circulação de mercadorias é investido na produção; o capital industrial passa então a dominar o conjunto da produção, distribuição e circulação de riquezas. O trabalho assalariado se instala definitivamente, em prejuízo dos artesãos, separando claramente os possuidores de meios de produção (a burguesia) e a massa de trabalhadores (o proletariado). O processo se espalha, inicialmente, pela Europa, América do Norte e Ásia. Nas últimas décadas do século XIX e início do século XX predomina em quase todas as regiões do mundo.

Capitalismo financeiro: Cristaliza- se no século XX. O sistema bancário e grandes corporações financeiras tornam-se dominantes e passam a controlar as demais atividades – indústria, comércio, agricultura e pecuária. As empresas concentram diversas atividades e tornam-se cada vez mais poderosas, assumem dimensão internacional: são as multinacionais. Devido à concentração do capital, com a formação de empresas gigantescas que dominam grandes setores da produção, podemos também chamar essa fase de capitalismo monopolista. Sobretudo a partir da década de 1980, assistimos a uma vertiginosa aceleração da mobilidade do capital, facilitado pela informática, num processo de globalização no qual o capital financeiro se torna cada vez mais desvinculado das atividades produtivas, buscando o máximo de lucro no menor tempo possível.