Alguns falam até na "síndrome da turbina de vento", uma suposta doença, proposta pela médica americana Nina Pierpoint, cujos sintomas são dores de cabeça, zunir nos ouvidos, náusea e insônia, entre outros.
Por essas e outras, pesquisadores da universidade de Adelaide, na Austrália, decidiram ir atrás das causas. Os especialistas em acústica sabem que o ruído é provocado pelo choque do ar turbulento contra o lado mais afiado das hélices.No entanto, ainda não se sabe exatamente de que forma a interação entre a turbulência e a beirada das hélices amplifica o som.
O engenheiro mecânico Con Doolan, que coordena o estudo, diz que se essas questões forem esclarecidas, em tese, seria possível mudar o formato das hélices ou até instalar na sua superfície dispositivos que variem a produção de turbulência, reduzindo o barulho.
A equipe australiana quer ainda desenvolver um modelo computadorizado capaz de prever o ruído de usinas com dezenas de turbinas. A ideia é que com menos poluição sonora, o barulho contra as turbinas de vento também diminua, facilitando a popularização das usinas eólicas.